Em um belo dia, assim como qualquer outro, Orynor foi até a pequena academia no bosque e descobriu que haveria mais uma estudante além dos comuns outros cinco elfos burros que ele nem ao menos lembrava o nome, uma garota de cabelos dourados e olhos azuis chamada Eleonor Morgenstjerne, a filha de Arador Morgenstjerne, ao qual mudou-se da vila de Hemmelig Skog ao norte de Høyetrær, para aprender com a anciã Lilliath. A doce Eleonor era um prodígio, ao qual chamou a atenção de Orynor, mas não de uma forma saudável. Lilliath logo parou de dar sua total atenção a Orynor, e começou a focar em Eleonor, ao qual era ainda mais sedenta por conhecimento que ele, suas habilidades natas com o uso de mana ao seu arredor excediam até mesmo as de Lilliath que não acreditava no que via. Orynor se viu sendo jogado de lado, como se ele fosse igual a aqueles ao seu arredor, um lixo, que não prestava para ser um arquimago. Depois de ver o que ele era realmente, ele desistiu da academia, e se tornou um vagabundo, que ficava o dia inteiro preso dentro de seu mundinho, pensando em sua impotência. Remoendo, o dia inteiro, no que ele tinha que fazer, para se tornar o verdadeiro protagonista da sua vida, para que todos reconhecerem seu nome. Logo mais, usando a capa de refração de luz de seu pai, ele seguiu durante meses a anciã Lilliath por todos os lugares, em sua casa, na pequena academia, de seus encontros românticos com alguns Demi-humanos, a até mesmo em lugares privados, como um salão de depilação (Coisa costumeira de elfos e elfas que não gostam nem mesmo de seus micro pelos), mas nada achou. Por isso, em uma noite, já irritado com toda aquela situação, ele aguardou a anciã Lilliath dormir para pega-la de surpresa, usando algemas de supressão, ele a prendeu a cama, e a interrogou sobre o paradeiro dos pergaminhos de runomancia proibida. Mas a mulher se negava a responder, por isso, usando uma adaga encantada com runas de ignição, ele começou a talhar na pele de Lilliath a runa de Thurisaz, onde ele disse que a cada resposta errada ou vaga ele iria faze-la sentir como se espinhos cortassem sua pele, ou a eletrocutaria, e mesmo assim Lilliath se negou todas as vezes, dizendo que não importava se ele a mataria, que ela não entregaria o pergaminho soturno. Com seu orgulho em jogo, Orynor decidido a só sair de lá com os pergaminhos em mão falou de forma sincera:
- Seria uma pena se uma coisa dessas acontecesse com, quem sabe, aquela tal de Eleonor, ou talvez, um de seus amantes.
Lilliath engoliu seco, preocupada que sua negação poderia custar a vida de outras pessoas, começou a abrir a boca. Com lagrimas nos olhos, ela disse que os pergaminhos soturnos estavam trancafiados em um baú enterrado embaixo da terceira fileira de pergaminhos na biblioteca da pequena academia. Orynor olhou para Lilliath com um sorriso de orelha a orelha, “Eu te perdoo, senhorita Lilliath, pela péssima instrutora que você foi”, ele disse isso e simplesmente saiu, voltou para sua casa, abraçou sua mãe, e disse a ela que iria sair para uma jornada de autoconhecimento, ela se entristeceu, mas mesmo assim ficou feliz por seu filho voltar a ter aquele animo de sempre, ele apertou a mão de seu pai, que lhe deu o seu cajado, feito de um dos ramos da Yggdrasil, antes dela ser destruída por Sutur e Nidhogg, ele também pegou uma mochila, alguns suprimentos, e partiu, não antes de surrupiar os pergaminhos soturnos, que estavam exatamente aonde Lilliath havia descrito.
E assim Orynor Svartgren saiu pelas terras selvagens de Rosaria, onde aprendeu muito sobre todo o tipo de magia, e como os elfos são limitados a suas próprias crenças e dogmas. O exemplo perfeito era como eles temiam algo natural como a morte, apesar de viverem por tantos anos, temiam saber que um dia isso tudo acabaria, por isso, o criador das runas soturnas, como eles chamavam, havia sido morto por elas próprias, mesmo que o intuito de suas runas não fosse o mal em si, apenas pelo uso delas, era considerado um pecado entre os elfos.
Mais de 60 anos após ele ter deixado a vila de Høyetrær, depois de inúmeras pesquisas nos mais remotos cantos de Rosaria, sobre os fundamentos da magia, tanto as mais comuns, chamadas de Hereges pelos religiosos, como as de cunho desconhecido, ele encontrou um homem decrépito na cidade de San Diogo, preso em um pelourinho, com roupas esquisitas para aquele lugar desértico. Ele se aproximou do homem e se intrigou, pois a língua que ele falava era distinta das muitas línguas aos quais a runa de tradução podia entender, então, usando de sua inteligência, ele tirou sua faca encantada do bolço e talhou no ouvido do homem e na garganta as runas de tradução, para que eles pudessem dialogar corretamente, e após muita gritalheira e grunhidos, Orynor conseguiu compreender o que o homem dizia, “Caralho”! Ele gritou, “Seu orelhudo puto, desgraçado, se eu não tivesse preso aqui eu enfiaria a minha mão inteira no seu cu!”. De certa forma, aquele simples dialogo chulo, o fez se afeiçoar pelo homem ao qual mais tarde se tornou seu amigo. (Esse é um trecho da Origem de um dos MC do jogo, Orynor Svartgren) (Quem quiser ajudar com a criação do jogo pode me chamar no Instagram: @guilherme__bernardino. Ou no discord: Sr.Vardelei)









